quinta-feira, 10 de maio de 2012

Investigadores portugueses desenvolvem robot vigilante


Um robot que deteta intrusos, temperaturas demasiado elevadas ou inundações, pode passar a vigiar instalações de grandes dimensões, como armazéns ou centros comerciais, evitando situações perigosas para os seguranças, um projeto desenvolvido pelo INESC TEC.

«O robot vigilante transporta um conjunto de sensores, de fumo, gás, monóxido de carbono, temperaturas, ou inundações de água no chão, e faz rondas como se fosse um segurança», disse à agência Lusa um dos coordenadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC.

António Paulo Moreira explicou que o projeto «inclui câmaras de vigilância, mas também uma câmara térmica que vê a temperatura e deteta corpos quentes», tanto em caso de incêndio como de alguma máquina a aquecer demasiado, através de uma imagem em que a cor reflete a temperatura.

Trata-se de câmaras móveis interligadas com o sistema de segurança do edifício, que podem complementar a vigilância das câmaras fixas, mais habituais.

A «ronda» do robot vigilante, chamado de «Robvigil», é seguida em «tempo real» na sala de controlo da entidade, que pode situar-se na unidades ou num local distante.

Se o profissional de segurança «viu», através da imagem enviada pelo robot, uma pessoa que não devia estar naquele local e pretende interpelá-la, pode «entrar em modo de teleconferência», como se estivesse a fazer uma chamada de vídeo, com som e imagem, relatou António Paulo Moreira.

O especialista, também professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, referiu que, ao detetar situações anómalas, que «até poderiam ser perigosas para o segurança», como um assalto ou uma fuga de gás, «é possível enviar o robot ao local e tentar resolver».

O robot é adequado a espaços de grandes dimensões, em que seja necessário o vigilante «andar muito», como armazéns, centros comerciais ou garagens, até porque «tem um software que lê automaticamente matrículas de automóveis e pode detetar a presença de monóxido de carbono, um gás perigoso quando presente em determinadas quantidades», referiu ainda.

O projeto teve o trabalho dos investigadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC e resultou de um pedido de colaboração de três empresas portuguesas que querem fabricar e comercializar o robot vigilante.

O primeiro «Robvigil» vai ter a sua apresentação pública no âmbito do Fórum do Mar, que decorre de quinta-feira a sábado, na Exponor, em Leça da Palmeira e deverá começar o «trabalho» numa empresa em julho, a título experimental.

«A ideia é exportar esta solução, em primeiro lugar para o mercado europeu», frisou António Paulo Moreira.

O valor total do projeto, que inclui toda a mão-de-obra das quatro entidades (três empresas mais o INESC) e equipamento, atinge cerca de 150 mil euros.

Reflexão: Aqui está uma prova como os robos vão nos subsitituir nos nosso postos de trabalho.

Publicado por Margarida, Flávia e Rui com a ajuda do seguinte site iol.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário